Publicada em 13/01/2022
Os
contratos futuros dos grãos encerraram a sessão da última quarta-feira na Bolsa
de Chicago com direções opostas. Enquanto a soja voltou a fechar acima de US$
14 por bushel e fechou em alta, o milho finalizou o dia com os contratos mais
curtos em queda. O relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA) não trouxe grandes surpresas e a nossa leitura é que
estes novos dados não devem alterar a tendência de preços em Chicago, com o
mercado à vista sustentando as cotações em momentos eventuais de baixa. Entre
os destaques do relatório está o aumento de 1,19 milhão de toneladas dos
estoques finais de milho nos EUA, sendo projetados em 39,11 milhões de
toneladas. A entidade elevou também a projeção de área semeada e colhida do cereal
enquanto manteve a produtividade inalterada, em 185,16 sacas/hectare. Esta foi
a primeira vez em duas décadas que a produtividade de milho nos EUA no
relatório de janeiro em comparação com novembro ficou igual. Outro ponto
importante é que o USDA reduziu a projeção de exportação de milho americano na
temporada 21/22 de 63,50 milhões de toneladas para 61,59 milhões de toneladas.
Na América do Sul, a entidade cortou a safra de milho do Brasil e da Argentina
em 3 milhões de toneladas e 500 mil toneladas, respectivamente. A estimativa de
produção brasileira ficou em 115 milhões de toneladas e em 54 milhões de
toneladas na Argentina. Este foi o maior corte da safra sul-americana em volume
realizado pelo USDA da história. Em
relação à soja, a entidade americana estimou a produção nos EUA em 120,70
milhões de toneladas, com uma produtividade que foi elevada de 57,39
sacas/hectare para 57,61 sacas/hectare. Outro número que subiu foi a projeção
de área colhida da oleaginosa. Os dados de demanda ficaram praticamente
inalterados, com os estoques finais da soja nos EUA registrando o mesmo
crescimento que a produção. Já na América do Sul, o USDA reduziu a safra de
soja do Brasil em 5 milhões de toneladas, para 139 milhões de toneladas e fez
um corte de 3 milhões de toneladas na produção da Argentina, para 46,5 milhões
de toneladas. Essas reduções na produção de soja da América do Sul foram as
maiores já realizadas pela entidade quando comparamos os relatórios de janeiro
em relação a dezembro.
Fonte: AGRONEGOCIOS
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