Publicada em 21/03/2022
O
mercado da soja permanece com as atenções divididas entre o
panorama da produção sul-americana, movimentos da demanda chinesa
no mercado internacional e o avanço do conflito entre Rússia e
Ucrânia. A colheita da nova safra brasileira continua avançando em
ritmo satisfatório na maioria dos estados produtores do país. No
Centro-Oeste e no Sudeste, os trabalhos já avançam para as últimas
áreas, enquanto no Mato Grosso já estão praticamente finalizados.
As produtividades médias registradas na maioria dos estados destas
regiões vêm surpreendendo positivamente, com exceção do Mato
Grosso do Sul, onde parte do estado sofreu com a seca. Na região
Sul, a colheita revela que as perdas produtivas são grandes nesta
temporada. Na Argentina, a última semana foi de um clima bastante
seco na Zona Núcleo, o que voltou a preocupar os produtores. Como o
desenvolvimento das lavouras argentinas é mais tardio em comparação
com as lavouras brasileiras, ainda há espaço para o aumento da
quebra. Apesar disso, as próximas duas semanas devem ser de clima
mais úmido, o que deve ser benéfico para impedir o avanço das
perdas. Acreditamos que a maior parte da quebra na América do Sul já
esteja precificada na CBOT, assim como o aumento da demanda pela soja
norte-americana em compensação à menor oferta sul-americana. A
Argentina aumentou os impostos sobre o farelo e óleo de soja para as
exportações, de 31% para 33%. Além disso, o governo criou o "Fundo
Argentino de estabilização do Trigo" com o objetivo de
"estabilizar o custo de uma tonelada comprada pelos moinhos
argentinos", segundo o documento. No lado da demanda, novas
vendas de soja dos EUA para a China continuam a ser anunciadas, e a
manutenção desse quadro deve continuar nas próximas semanas. O
mercado começa, aos poucos, a mudar o foco para a nova safra dos
EUA, que começará a ser plantada em abril. No dia 31 de março, o
USDA divulga o seu primeiro número oficial para a nova área a ser
plantada com soja nos EUA. O mercado espera por um aumento da área
de soja e uma diminuição da área de milho, o que pode abrir espaço
para ajustes negativos na CBOT, devido a um possível novo potencial
recorde para a produção norte-americana. Em um dia de altas
generalizadas mais uma vez, os futuros da soja sobem forte na manhã
desta segunda-feira (21/03) na Bolsa de Chicago. O mercado da soja
acompanha as cotações do milho e trigo, mas, principalmente, os
derivados, que são liderados pelo óleo. O petróleo exibe ganhos de
quase 4% nesta manhã, ainda refletindo a continuidade do conflito
entre Rússia e Ucrânia, que entra em seu 26º dia.
Nesta
segunda-feira, 21 de março, a Bolsa de Chicago opera em alta,
próximo das 8h30 as principais posições da commoditie oscilavam
entre +14,00 e +24,00 pontos.
Fonte: Agronegócios
© 2020 Faccini Defensivos Fertilizantes Cereais e Óleo Diesel TRR