Publicada em 21/12/2022
Ontem os futuros do milho, trigo e soja encerraram o dia em alta. A Argentina está sob o foco central do mercado mundial de soja não só por ser a terceira maior exportadora do grão, mas por ser a primeira no cenário mundial nas exportações de farelo e óleo de soja. As adversidades de clima no país têm promovido intensa volatilidade entre os futuros de ambos os derivados, em especial no farelo. O clima da América do Sul irá direcionar o mercado do milho nos próximos meses. A seca no sul do Brasil já está impactando o milho da primeira safra. Já o milho que foi plantado mais cedo na Argentina está polonizando, caso não haja chuva significativa, os rendimentos serão prejudicados. Ainda há tempo para que as chuvas beneficiem, no mínimo, os que foram semeados mais tarde. Por outro lado, a preocupação está aumentando para uma nova escalada da guerra, já que Putin está supostamente tentando fazer com que a Bielorrússia abra uma segunda frente na Ucrânia, enquanto, ao mesmo tempo, drones kamikaze continuam a atingir Kiev e outras cidades. Uma potencial escalada na Ucrânia permanece em segundo plano. Nos últimos dias, os drones russos têm como alvo os principais centros populacionais ucranianos. As vendas na Europa foram interrompidas, já que os embarques russos em dezembro, provavelmente, não ultrapassarão 3 milhões de toneladas. Carregamentos igualmente lentos são prováveis em janeiro. A alta dos preços do trigo depende da duração dos problemas logísticos russos e das avaliações mensais das safras nas Planícies do Sul e Central dos EUA.
Fonte: Agronegócios
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