Publicada em 05/09/2023
O mercado da soja opera no vermelho na Bolsa de Chicago na manhã
desta terça-feira (5), voltando do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. Perto de
6h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 4 a 6 pontos nos principais
vencimentos, levando o novembro a US$ 13,65 e o maio - referência para a safra
brasileira - a US$ 13,85 por bushel. No complexo, caem ainda os futuros do óleo
- mais de 1% - e do farelo, contribuindo para pressão sobre o grão.
As perdas no complexo soja e nos grãos reflete, em partes, um
financeiro mais arisco neste início de semana para os Estados Unidos, com
atenções sobre as relações do país com a China, a guerra entre Rússia e Ucrânia
continuando, e o futuro da economia global ainda bastante incerto.
"A
guerra de drones entre Rússia e Ucrânia continua; a relação diplomática entre
China e os EUA continua na UTI - a Agência de Inteligência da China acusa a
Casa Branca de falta de sinceridade; CBOT e Dalian em queda", relatou o
analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Do mesmo modo, os Traders monitoram também a condição de clima no
Meio-Oeste americano e a falta de chuvas mantém a baixa das águas do
Mississippi, "obrigando as barcaças a reduzir o draft e o tamanho dos
comboios" complementa Vanin. As condições deixam a soja americana menos
competitiva e a informação está no radar dos mercados.
E
ainda nesta terça, o mercado aguarda pelo novo boletim semanal de
acompanhamento de safras para entender as condições das lavouras
norte-americanas. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz
estes novos dados às 17h (Brasília).
O
clima na América do Sul também é acompanhado de perto, com o plantio se
iniciando no Brasil nos próximos dias e a Argentina declarando oficialmente a
chegada dos efeitos do El Niño no país.
Fonte: Notícias Agrícolas
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