Publicada em 24/01/2025
Bom dia!
O mercado da soja permanece
focado nos atrasos da colheita brasileira, no impacto climático na Argentina e
no Sul do Brasil e nas primeiras ações comerciais do governo Donald Trump nos
EUA. As chuvas intensas no Centro-Oeste brasileiro estão atrasando o avanço da
colheita, especialmente em Estados como Mato Grosso e Goiás, comprometendo os
embarques da safra 2024/25. Segundo analistas, o atraso logístico no Brasil
impacta diretamente o abastecimento mundial, sobretudo na China. O país
asiático contava com a soja brasileira para recompor estoques rapidamente, mas
com os atrasos as reservas chinesas podem atingir os menores níveis em 15 a 20
anos antes da chegada do grão brasileiro, prevista para março ou abril. A
situação tem levado empresas chinesas a considerarem compras de soja dos
Estados Unidos, especialmente via portos do Pacífico, onde o tempo de trânsito
é menor. Paralelamente, na Argentina, a seca persiste, agravando a situação das
lavouras. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires relatou nova piora nas condições
hídricas, afetando o potencial produtivo do país. Ontem, segundo a imprensa
argentina, o governo anunciou a redução temporária dos impostos de exportação
retidos sobre as vendas de grãos (retenciones) até 30 de junho. A partir desta
medida, o mercado do grão acompanha baixas intensas do farelo de soja, que cai
mais de 2% na CBOT na manhã de hoje. Nos Estados Unidos, as relações comerciais
com a China também permanecem no radar. O presidente Donald Trump adiou a
imposição de tarifas imediatas ao país asiático, optando por um estudo chamado
de "Trade Memorando", que avaliará os impactos econômicos das
políticas comerciais.
Nesta sexta-feira, 24 de
janeiro, a Bolsa de Chicago opera em baixa na soja, próximo das 8h30 as
principais posições da commoditie oscilavam entre -12,50 e -12,00 pontos.
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